Porto Alegre – RS – A proposta de Parceria Público-Privada (PPP) dos resíduos sólidos quer repassar a coleta, o transporte, o tratamento e a destinação do lixo para uma única empresa por 35 anos. O plano fala em 1,3 bilhão em investimentos e na unificação de contratos hoje ligados ao DMLU. A prefeitura diz que as 17 unidades de triagem seguem no sistema.
O projeto
A concessionária deverá priorizar a entrega de até 100% do material reciclável às UTs (Unidades de Triagem). O município afirma que os galpões serão reformados e que haverá mais estrutura e eficiência. A promessa é ampliar a coleta seletiva e reduzir o rejeito enviado ao aterro.
As cooperativas
As 17 UTs reúnem cerca de 500 pessoas de baixa renda. O repasse municipal ajuda no custeio, enquanto a venda dos recicláveis sustenta a renda. Lideranças relatam ganhos baixos e pedem remuneração mínima, direitos previdenciários e regras claras de metas.
Os temores
Catadores temem perder espaço para a concessionária ou terceirizadas e receber cargas com lixo misturado, o que derruba a produtividade. O governo municipal nega e diz que a prioridade às UTs está garantida, com possibilidade de manter contratos diretos com o município.
O que vem agora
A modelagem foi apresentada em audiência pública. A documentação deve seguir para o TCE. A prefeitura fala em edital em 2026. O debate segue entre inclusão social, viabilidade econômica e fortalecimento real das cooperativas dentro da PPP (Parceria Público-Privada).

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