Goiás – GO – Uma grande operação realizada nesta segunda-feira (17/11) resultou na apreensão de mais de 30 toneladas de sabão em pó com indícios de falsificação em quatro municípios goianos. A ação mobilizou equipes das Secretarias de Segurança Pública (SSP), da Economia e de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), que percorreram supermercados em Aparecida de Goiânia, Goianira, Itaberaí e Bela Vista de Goiás, retirando mais de 19 mil unidades das prateleiras.
A operação faz parte de uma força-tarefa montada para combater a circulação de produtos adulterados no Estado. Segundo os órgãos envolvidos, o volume apreendido surpreendeu pela dimensão e pela forma de distribuição, que seguia o padrão de grandes redes, o que reforça a suspeita de uma estrutura criminosa organizada.
A orientação aos consumidores
O superintendente do Procon Goiás, Marco Palmerston, afirmou que os fiscais perceberam irregularidades em diferentes lotes e marcas, o que imediatamente levantou suspeitas sobre adulteração e comercialização irregular. Ele detalhou que a equipe observou embalagens com material mais fino, fechamento mal colado e cheiro significativamente mais fraco do que o produto original, indícios típicos de falsificação.
Palmerston reforçou que a população precisa ficar atenta a qualquer alteração visual, sensorial ou de preço. “As embalagens falsificadas são mais frágeis, a cola é de menor qualidade e o cheiro do produto é mais fraco. Ao notar qualquer alteração, é possível acionar o Procon pelo 151”, disse.
Esquema com empresas de fachada
A Secretaria da Economia informou que o caso tem ligação com empresas de fachada operadas por “laranjas”. De acordo com o superintendente de Fiscalização Regionalizada, Gustavo Henrique dos Reis Cardoso, esse tipo de crime exige atenção e ação rápida, porque impacta diretamente o mercado e o consumidor final.
“Produtos falsificados são vendidos sem pagamento de impostos, prejudicam consumidores pela baixa qualidade, geram concorrência desleal e reduzem a arrecadação, afetando investimentos públicos. Estamos rastreando a origem dos produtos e orientando a população a desconfiar de preços muito abaixo do mercado”, explicou.
Cardoso ressaltou que falsificações desse tipo não afetam apenas o bolso, mas também a saúde, já que não há garantia sobre a procedência das substâncias usadas na fabricação.
Investigação e responsabilização
O delegado adjunto da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (DECON), Khlisney Kesser, afirmou que a Polícia Civil irá aprofundar a investigação verificando a cadeia de aquisição dos produtos pelos supermercados fiscalizados. Ele disse que a equipe vai analisar notas fiscais, checar dados de fornecedores e rastrear o caminho da mercadoria até chegar às prateleiras.
“Vamos verificar a veracidade das notas fiscais e rastrear a origem do material com apoio da Secretaria da Economia. Esperamos que esses produtos não estejam sendo fabricados em Goiás, mas vamos identificar onde são produzidos”, afirmou.
Segundo o delegado, os envolvidos podem responder por falsificação de produtos, exposição de itens nocivos ao comércio, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. A expectativa é que novas apreensões ocorram à medida que o rastreamento avance.
fonte: Metrópoles
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