Comportamento alterado e sem remorso
Estação – RS – (Região de Erechim) O adolescente de 16 anos que atacou com um facão a Escola Municipal Maria Nascimento Giacomazzi, matando o menino Vitor André Kungel Gambirazi, de 9 anos, e ferindo outras três pessoas, não demonstrou arrependimento.
Segundo o delegado José Roberto Lukaszewigz, de Erechim, ele parecia falar com um amigo imaginário durante o depoimento e mostrou sinais claros de distúrbio mental.
Internação provisória por decisão da Justiça
O adolescente foi ouvido pela polícia e pelo Ministério Público e teve sua internação provisória decretada por 45 dias. A medida pode se estender por até três anos, conforme decisão judicial. O processo corre em segredo de Justiça por envolver menores. Até agora, não há registros de comportamentos violentos anteriores ou desavenças escolares.

Celular e redes sociais sob análise
A Polícia Civil apreendeu o celular do agressor e analisa os acessos em redes sociais com apoio do Departamento de Informática de Porto Alegre. A motivação ainda é desconhecida. Durante o interrogatório, o adolescente não revelou por que cometeu o ataque. Ele invadiu a escola por volta das 10h com um facão e uma faca doméstica escondidos na mochila.
Família sabia do quadro psicológico
O delegado afirmou que o adolescente havia passado por consulta psiquiátrica no dia anterior, mas a família nunca havia relatado atos de violência. “Ele escolheu a escola de forma aleatória”, disse Lukaszewigz. Além das vítimas confirmadas, ao menos quatro alunos se machucaram na confusão e a perícia vai apurar se foram atingidos diretamente ou durante a fuga.
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Estado de saúde das vítimas
Entre os feridos, duas meninas de oito anos seguem em observação. Uma delas passou por cirurgia no Hospital Santa Terezinha, em Erechim, e permanece estável. A outra já recebeu alta em Getúlio Vargas. A professora ferida tentou conter o agressor e também foi hospitalizada. Segundo o hospital, ela está fora de risco, mas emocionalmente muito abalada.

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Despedida do menino Vitor
A vítima fatal, o menino Vitor André, foi sepultado nesta quarta-feira (9), às 14h, em Getúlio Vargas. A cidade segue abalada com a tragédia, que reacende o debate sobre segurança nas escolas e assistência à saúde mental de adolescentes.
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