Ataques de cães causam prejuízos e levam produtores a abandonar criação de ovelhas no RS

Casos se repetem no interior e produtores cobram medidas das autoridades para conter os animais soltos

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São Gabriel, RS – Produtores rurais de várias regiões do estado enfrentam prejuízos seguidos com ataques de cães soltos que matam ovelhas e outras criações. Em São Gabriel, o produtor Alex Silveira relatou que perdeu uma ovelha, quatro cordeiros e seis galinhas no último ataque e desabafou sobre o problema. Segundo ele, só na vizinhança, os cães já mataram 16 ovelhas.

Os prejuízos se espalham pelo interior do estado

Em Canguçu, um ataque em 19 de junho causou a morte de 15 ovinos, sendo sete prenhes. O dono da propriedade, Eduardo Storniolo, calcula prejuízo de R$ 7,5 mil e informou que vai entrar na Justiça contra o dono dos cães. Já em São Martinho da Serra, o produtor João Augusto Nascimento afirma ter acumulado R$ 500 mil em perdas nos últimos três anos com ataques.

Os cães se multiplicam e tornam o problema difícil de controlar

Produtores relatam que muitos dos cães atacantes são abandonados após caçadas ou se perdem no mato, se reproduzindo e formando matilhas. Em Cambará do Sul, o produtor Roberto Trindade já soma mais de R$ 40 mil em perdas desde o ano passado.

A criação de ovelhas está sendo abandonada em algumas regiões

Segundo a Associação de Ovinocultores do RS, alguns criadores desistiram da atividade devido ao problema. Um produtor da Fronteira Oeste contou que perdeu 30 ovinos em uma semana e criticou a falta de controle sobre os cães soltos.

A Polícia Civil orienta registro de ocorrência e promete ações conjuntas

A Decrab recomenda que os produtores registrem ocorrência. Os donos dos cães podem responder por omissão de cautela, danos e maus-tratos. O delegado Heleno dos Santos destacou que o problema exige articulação com órgãos de segurança e administrativos.

O estado e os municípios ainda não têm medidas definidas

A Secretaria de Agricultura informou que cabe aos municípios definir políticas para os cães. A Famurs afirmou que o tema não foi formalmente apresentado como demanda coletiva, mas que está à disposição para buscar soluções com os gestores.

Fonte: Adaptado de Zero Hora.

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