Agressão Brutal
Uma jovem de 24 anos foi violentamente atacada pelo ex, Erik Marques da Cruz, de 23 anos. Ele invadiu sua casa, na zona sul de Porto Alegre, e arrancou metade de sua orelha com os dentes, ameaçando-a de morte.
“Ele arrombou a porta e já chegou dando socos, no meu peito, na cabeça. Eu caí no chão. Ele conseguiu arrancar metade da minha orelha com os dentes. Ele me olhou, cuspiu o pedaço da minha orelha na minha cara e disse ‘eu vou te matar”, lembra a jovem.
Socorro e tratamento
Após a agressão, a vítima, acompanhada da sobrinha, gritou por ajuda. Então o agressor fugiu. Após ser levada ao Hospital de Pronto Socorro, sua orelha foi suturada.
Infelizmente, o pedaço arrancado não pôde ser reimplantado devido à infecção. Foi preciso uma uma cirurgia de reconstrução.
Ciclo de violência
O relacionamento, iniciado em novembro de 2021, foi marcado por abusos que evoluíram de ameaças para agressões físicas, tanto privadas quanto públicas.
Apesar de tentar esconder o abuso, a vítima acabou por denunciar as agressões e conseguiu uma medida protetiva. (GZH)
Repercussão
O registro da ocorrência foi atrasado devido a um temporal, mas a situação ganhou atenção após viralizar nas redes sociais. Erik, então, se entregou à polícia.
A investigação está em andamento para responsabilizá-lo pela tentativa de feminicídio. (GZH)
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SAIBA MAIS DETALHES
Após seis meses de namoro, eles decidiram morar juntos. Incialmente, moraram em uma casa construída para a jovem no terreno da mãe e depois se mudaram para outra casa mais afastada.
Nos primeiros meses, o homem não deu sinais de que seria violento e ela engravidou. Segundo ela, tudo começou a mudar após o nascimento do bebê. A primeira agressão ocorreu em agosto de 2022.
“Não foi grave. Me deu socos e tapas no rosto. A gente se separou. Ele me disse que ele não era assim e que ele não ia fazer mais. Eu voltei com ele, mas escondi a agressão da minha família. Ele entrava na minha cabeça bem fácil. Chorava, dizia que ia mudar e eu perdoava.”
No final daquele mês, ele voltou a agredi-la. A partir daí, a violência se tornou rotina e, aos poucos, as agressões, que antes ocorriam apenas dentro de casa, começaram a ocorrer também na rua, na frente de amigos, exceto na presença dos familiares da jovem, que já desconfiavam.
“Eu sempre negava porque tinha vergonha. A minha mãe apanhou por 20 anos e ela sempre ensinou a gente a não apanhar de homem, porque ela sempre disse que se bateu uma vez iria bater sempre”, disse.