Leandro Boldrini, condenado a 31 anos pela morte de seu filho Bernardo, foi aceito em residência médica em cirurgia no Hospital Universitário de Santa Maria.
A decisão provocou indignação em partes da comunidade, incluindo um grupo que se dedica a honrar a memória de Bernardo, e um vereador que protocolou uma moção de repúdio à aprovação de Boldrini no programa.
Embora condenado, Boldrini mantém o registro profissional ativo e receberá uma bolsa auxílio durante a residência, que durará entre dois e cinco anos com uma carga horária de 60 horas semanais. (Site Bei)
O que é residência médica
Vale como um curso de pós-graduação destinado a médicos formados e com registro profissional. Instituída no Brasil em 1977, a residência é reconhecida como a forma mais conveniente de formação de médicos especialistas. A duração é, em média, de dois a cinco anos, com carga horária de 60 horas semanais. Durante o curso, o médico não ganha salário, mas uma bolsa auxílio de 4 mil por mês.
O CASO BERNARDO
O menino Bernardo Boldrini, de 11 anos, foi assassinado em abril de 2014, na cidade de Três Passos. O corpo foi encontrado dez dias depois de seu desaparecimento.
Seu pai, Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e a amiga da família, Edelvânia Wirganovicz, foram detidos por comportamento suspeito durante a investigação.
Em 2019, os envolvidos foram condenados por homicídio qualificado, mas em 2021, a condenação de Leandro foi anulada devido a violações processuais pelo promotor. Um novo julgamento em março de 2023 condenou Leandro a 31 anos e oito meses de prisão por quádruplo homicídio.