Santa Cruz do Sul – RS – Enquanto os produtores começam a colheita do tabaco com expectativa de boa safra, o setor acende o sinal de alerta. A tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros ameaça reduzir embarques e comprometer milhões de dólares em exportações.
A produção e o impacto
O RS responde por 42% da produção nacional de tabaco, com 303 mil toneladas colhidas em 2024. O clima favorável indica repetição dos bons resultados neste ano, mas o tarifaço pode travar parte das vendas.
Em 2024, os EUA compraram 38,4 mil toneladas do tabaco gaúcho, movimentando mais de 245 milhões de dólares. Antes da nova taxa, 70% das remessas já tinham sido enviadas, mas 12 mil toneladas ficaram paradas nas indústrias.
O alerta do setor
“O que nós exportamos historicamente para os Estados Unidos é cerca de 9% do volume”, diz Valmor Thesing, presidente do Sinditabaco. Segundo ele, a se manter o tarifaço exigirá que as empresas busquem novos mercados para evitar perdas. Algumas cargas voltaram a sair, mas em volume pequeno. Na metade Sul, em cidades como Canguçu, mais de cinco mil famílias dependem do cultivo; A safra está boa, mas a comercialização preocupa”, comenta o produtor Nilton Pereira.
O risco para os preços
O presidente da Afubra, Marcílio Drescher, alerta que o tabaco do tipo burley, muito consumido pelos norte-americanos, é o mais vulnerável à taxação. “Se o tarifaço continuar, o impacto vai atingir direto quem produz o tabaco de galpão”, afirma.
O setor tenta reorganizar exportações e evitar queda nos preços pagos aos agricultores. Caso as tarifas se mantenham, o prejuízo pode afetar fortemente a renda rural em várias regiões do estado.
Fonte: GZH / Agência Brasil.
Acompanhe o NP pelas redes sociais:
- Tiktok: @np.expresso
- Comunidade no WhatsApp: Clique Aqui
- Instagram: npexpresso
- Facebook: NPExpresso


