Pelotas – RS – O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do RS deflagrou nesta quarta-feira (8) a segunda fase da Operação El Patron, com foco no setor financeiro de uma organização criminosa que atuava a partir de Pelotas. A investigação aponta que o grupo movimentou mais de 49 milhões de reais entre maio de 2022 e agosto de 2024, com lavagem de dinheiro, agiotagem e rifas gerenciadas por um aplicativo criado para administrar os lucros ilícitos.
As prisões e apreensões
A operação ocorreu em Pelotas, Charqueadas e Porto Alegre, com o cumprimento de seis mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão. Foram apreendidos quatro veículos, celulares, dinheiro e documentos, além de bens incompatíveis com a renda dos investigados. A ação contou com apoio da Brigada Militar e da Polícia Penal.
O foco da investigação
Segundo o promotor Rogério Meirelles Caldas, responsável pela apuração, esta nova fase foi “essencial para identificar os principais operadores do esquema, que utilizavam laranjas e empresas de fachada para ocultar patrimônio”. Ao todo, 13 pessoas já foram denunciadas e tiveram a denúncia aceita pela Justiça.
Como o esquema funcionava
O grupo reinvestia o dinheiro do tráfico em empréstimos ilegais, rifas e apostas, com juros que chegavam a 280%. Também utilizava um aplicativo de origem mexicana para disfarçar as operações como se fossem de empresas de crédito formalizadas.
A primeira fase da El Patron teve origem na análise de celulares apreendidos na Operação Caixa Forte II, que investigava o tráfico de drogas ligado a facções.

Fonte: Ministério Público do RS.
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