Porto Alegre, RS – Após mais de três anos de obras e um investimento de 139 milhões, foi inaugurada nesta quarta (10) a Nova Cadeia Pública de Porto Alegre, na Zona Leste da Capital. O espaço substitui o antigo Presídio Central, que durante décadas foi considerado um dos piores presídios da América Latina por organizações internacionais.
A unidade contará com 1.884 vagas, destinadas principalmente a presos provisórios. Os antigos pavilhões foram demolidos e deram lugar a nove módulos de convivência, com 240 celas, cada uma com capacidade para oito detentos.
— É um dia histórico. O Presídio Central era uma vergonha nacional. Agora teremos uma casa prisional que respeitará sua lotação, com presos uniformizados, controle rigoroso das celas e uma nova cultura de cuidado no sistema prisional — afirmou o governador Eduardo Leite durante a inauguração.
O juiz Sidinei Brzuska, que há anos denuncia as más condições do Presídio Central, classificou a inauguração como um marco:
— É o evento mais importante da história do sistema penitenciário gaúcho. Mas é preciso cuidado. Presídios grandes exigem atenção redobrada para que pequenos problemas não se tornem crises, principalmente em questões de segurança e saúde.
Estrutura e inovações
- Construção com material resistente a impactos e fogo, além de isolamento térmico;
- 240 celas sem tomadas, para maior controle;
- Ventiladores instalados nos corredores, com mais de 30 equipamentos por galeria;
- Portas e grades abertas por agentes em nível superior, sem contato direto com presos;
- Uso obrigatório de uniforme laranja;
- Estrutura com lavanderia e cozinha central, operadas pelos próprios detentos.
As obras começaram em julho de 2022 e exigiram a realocação de cerca de 3,3 mil presos. Desde dezembro de 2023, o local estava vazio para as adequações finais.
Fonte: GZH
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