(Opinião) – Quem traz a reflexão de hoje é a Rosane de Oliveira, a jornalista mais famosa e respeitada do nosso Rio Grande, do grupo RBS. E ela tocou numa ferida que chega a ser cômica se não fosse trágica: no país da radicalização, até propaganda de chinelo de dedo virou motivo de guerra ideológica.
Entrar com o “pé direito” ou com os dois?
A polêmica começou com o novo comercial da Havaianas, estrelado pela Fernanda Torres. A propaganda sugere que, em 2026, a gente entre com “os dois pés” — os dois pés na porta, na estrada ou na jaca. A ideia era simples: esquecer a velha superstição de entrar com o “pé direito” (sorte) e focar na atitude. Mas, como bem disse a Rosane, setores da direita entenderam tudo errado, acharam que era uma crítica política e ameaçaram boicotar a marca.
Mente perturbada pela radicalização
A jornalista não alisou: segundo ela, “só uma mente perturbada pela radicalização política” pode achar que uma empresa que vende chinelo está tratando de esquerda ou direita. O chinelo é democrático, vai da praia ao restaurante chique. Transformar isso em briga partidária é o cúmulo.
Quem ganha com essa bobagem?
No fim, a ironia que a Rosane aponta é que quem pode se dar bem com esse boicote absurdo é a Grendene, empresa de sotaque gaúcho dona da Ipanema. Enquanto o povo perde tempo politizando o calçado de lazer, a concorrência ganha propaganda de graça. É triste ver o país chegar nesse nível de implicância.
Fonte: Redação João Lemes (com base na coluna de Rosane de Oliveira/GZH).
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