Paraí, RS – Câmeras de instaladas em uma sala de aula da rede municipal de Paraí flagraram agressões contra uma menina de 2 anos. O caso teria ocorrido em agosto de 2025 e chegou ao conhecimento da família por meio do gabinete do prefeito.
Nas imagens, uma educadora aparece puxando a menina e, em outro momento, o cabelo de outra criança. Segundo o pai, a filha estuda na mesma turma onde, em abril, duas profissionais foram flagradas agredindo um menino de 1 ano e 8 meses.
Essas duas servidoras já haviam sido indiciadas por tortura após a conclusão da investigação em setembro e denunciadas pelo Ministério Público pelo crime de tortura qualificada, com aumento de pena por serem agentes públicas. Elas respondem a processo judicial, que aguarda audiência de instrução.
Após o primeiro caso, a prefeitura iniciou uma revisão das gravações das câmeras instaladas na escola, o que levou à descoberta de novos episódios. Conforme as imagens eram analisadas, as famílias das crianças envolvidas eram informadas.
“Foi um mês de omissão da escola e do poder público”, afirmou o pai da menina. Segundo ele, a criança passou a apresentar mudanças de comportamento e agora faz acompanhamento com uma psicóloga infantil.
O pai também relatou que, inicialmente, a prefeitura orientou as famílias a não registrarem boletim de ocorrência, alegando que a administração tomaria as providências. O registro só foi feito após insistência dos responsáveis, em 11 de setembro.
Em nota, a Prefeitura informou que adotou o mesmo protocolo do caso anterior: a servidora foi afastada no mesmo dia em que o fato chegou à administração. Um processo administrativo foi aberto e a exoneração da funcionária está em análise.
A prefeitura destacou ainda que 60 câmeras foram instaladas em salas de aula e áreas comuns de duas escolas municipais, com monitoramento contínuo das 6h às 18h.
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