
Um pesquisador já a classificou como “horrível”, enquanto outro disse que ela é a pior já vista.
A Organização Mundial da Saúde deve batizar a nova variante com um codinome grego, registrada pela primeira vez na África do Sul e já é considerada aquela com o maior número de mutações. Ainda é cedo para dizer o quanto é transmissível ou perigosa a variante ômicron, Isto porque ela ainda está restrita a uma Província sul-africana.
Entretanto, um pesquisador já a classificou como “horrível”, enquanto outro disse que ela é a pior já vista. O professor Tulio de Oliveira, diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação, na África do Sul, disse que foram localizadas 50 mutações no total, e mais de 30 na proteína spike — “chave” que o vírus usa para entrar nas células e alvo da maioria das vacinas.
Oliveira, que é brasileiro, disse que a variante carrega uma “constelação incomum de mutações” e é “muito diferente” de outros tipos que já circularam. “Esta variante nos surpreendeu, ela deu um grande salto na evolução e traz muitas mais mutações do vírus.

Até agora, foram confirmados 77 casos na Província de Gauteng, na África do Sul; quatro em Botswana; e um em Hong Kong, diretamente relacionado a uma viagem à África do Sul. O governo britânico anunciou restrições de viagens vindas de países do sul da África com destino à Inglaterra.
Dúvidas sobre efeito da vacinação
A nova variante traz uma preocupação em particular quando o assunto é a imunização, pois as vacinas foram desenvolvidas mirando a cepa original do coronavírus. O fato da variante ômicron ser tão diferente do vírus inicial pode significar que as vacinas não funcionem tão bem. Por outro lado, é importante destacar que a África do Sul tem só 24% da população totalmente vacinada, então, pode ser que, ao chegar a países com taxas mais altas de imunização, a variante não tenha tanta força. (Fonte: UOL)