Santiago, RS – A profissão de taxista, para muitos, parece uma relíquia do passado. Mas não para o santiaguense Ori da Silva da Rocha, de 81 anos. Ele começou na década de 70 e, mesmo aposentado, segue na ativa, sendo o taxista mais antigo em atuação. Sua jornada começou no tradicional ponto da Pinheiro Machado (na praça), mas há 25 anos atua no antigo postinho da Brigada, em frente à escola Professor Isaías.

A segunda casa
O local, antes alvo de depredação, foi cedido a ele, que o zela com dedicação, mantendo tudo limpo, florido e arborizado, como se fosse sua própria casa. Diariamente, seu Ori chega no ponto cedinho, por volta das 6h30, e só vai embora ao cair da noite. Seus passageiros? Em sua maioria, clientes antigos e alguns que chegam no ponto.


A época de ouro
Com a sabedoria dos anos, seu Ori recorda a “época de ouro” do táxi, quando a estação rodoviária ficava no centro. Ele testemunhou o declínio do movimento com o surgimento de táxis clandestinos, telemotos e carros de aplicativo. “Aquele tempo bom já foi. Para quem vive só do táxi, está ruim. Hoje, quem é aposentado ainda consegue tirar uma renda extra”, comenta.

Do Fusca ao Fiesta
Ao longo de sua carreira, seu Ori dirigiu diversos carros: começou com um Fusca, passou por DKW, Opala, Chevette, Uno e, atualmente, trabalha com um Fiesta. Ele se sente grato pelos mais de 50 anos de profissão, que lhe permitiram criar seus três filhos, e garante que não pretende parar enquanto tiver saúde e conseguir renovar a habilitação.
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