Existe uma quantidade de açúcar segura para consumo?

Diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia - BA detalha os riscos do alimento e quais as possíveis e as ideais soluções.

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Já é descrito pela ciência que o consumo de açúcar está associado no cérebro humano ao prazer, à saciedade, além de culturalmente estar associado a momentos afetivos de reunião familiar e de diversão. Porém, esse alimento adicionado muito consumido está relacionado com problemas no coração, por aumentar o risco de diabetes, obesidade e pressão alta.

Marcos Barojas, cardiologista membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia e atual diretor de Prevenção em Saúde Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – seção Bahia, alertou sobre os riscos do consumo de açúcar adicionado na dieta.

“As pessoas ingerem açúcar porque existe uma afinidade muito grande pelo doce, porque o doce, originalmente na evolução do ser humano, é o mecanismo através do qual as pessoas adquirem energia em espécies como a nossa, que tem uma dieta variada entre carnes, verduras e legumes. A ingesta de açúcar garante uma fonte energética imediata.”, explica o doutor Barojas.

O problema, porém, chega junto com a modernidade e desenvolvimento industrial que manipulou o açúcar, seja como açúcar refinado, seja adicionado aos próprios alimentos como refrigerantes e biscoitos.

Segundo o cardiologista diversas cardiopatias estão associadas ao consumo elevado de açúcar: pressão alta, aterosclerose (depósito de placas de colesterol nos vasos do coração), infarto, derrame, arritmia, deficiência cardíaca e morte súbita por doenças do coração, chamada de doença isquêmica do coração.

Mas, existe uma quantidade segura?

De acordo com o doutor o ideal na sociedade moderna contemporânea seria o consumo zero de açúcar. “No mundo ocidental, a ingesta de açúcares refinados, açúcar de mesa, doces e produtos que usam açúcar na sua composição de forma artificial como refrigerantes e biscoitos deve ser zero.

Marcos explica que quando ele fala “zero açúcar” não quer dizer deixar de consumir alimentos naturalmente formados por açúcar, como frutas e verduras. “Temos que separar que existe os açúcares simples os complexos os simples como o açúcar de cozinha ou complexo com o amido da batata por exemplo. A ingesta de açúcares complexos com fibras, por exemplo, comer abóbora com casca eleva o açúcar, reduzindo a incidência de diabetes, já que a velocidade de absorção dos açúcares é muito menor”, ressalta o médico.

Como se livrar do açúcar?

A diminuição do consumo de açúcar individualmente e na sociedade é um caminho longo a se percorrer. Sobre as possíveis soluções, Barojas explicou que os adoçantes não são uma estratégia eficiente para proteger o coração. Para ele, é importante aos poucos fazer uma adaptação do paladar, com um acompanhamento de um nutricionista.

Para uma mudança efetiva de hábito, o doutor sugere uma estratégia de tolerância. “É uma questão de paladar. Então, deve se diminuir cada vez mais proporcionalmente a quantidade. Ou seja, se você toma duas colheres de açúcar no café, por exemplo, use agora uma e meia e vai programaticamente reduzindo.”
Fonte: Correio Braziliense.

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