As fraudes envolvendo o INSS são um problema crescente no Brasil, com desvios já superando R$ 6 bilhões. Além dos descontos indevidos feitos por sindicatos e associações, as atividades fraudulentas incluem o roubo de dados, a falsificação de documentos, o uso de inteligência artificial, ocultação de cadáveres e até exploração da boa-fé de aposentados e pensionistas. O advogado especializado em Previdência, Rômulo Saraiva, apresenta no livro Fraudes no INSS – Casos Práticos de Vazamento de Dados, Engenharia Social e Impactos na Proteção Social mais de 400 casos documentados, mostrando a complexidade e a evolução das fraudes.
Os golpes comuns e os casos históricos
Entre os golpes mais comuns estão a falsa prova de vida, o saque indevido após a morte do beneficiário, a compra de laudos médicos falsos para concessão de benefícios por incapacidade e descontos indevidos em mensalidades associativas ou crédito consignado. A obra de Saraiva também explora casos históricos, como a ação de Jorgina de Freitas e a Máfia da Previdência, destacando fraudes envolvendo falsificação de documentos, subornos e outros crimes financeiros. Apesar de os danos financeiros serem difíceis de quantificar, as estimativas apontam para valores alarmantes.
As fraudes no Brasil e no mundo
Saraiva amplia a análise para mostrar que as fraudes previdenciárias não são exclusivas do Brasil. Países como Estados Unidos, Suécia, Itália e Japão também enfrentam casos semelhantes. Nos EUA, por exemplo, um filho se vestiu de sua mãe falecida por seis anos para continuar recebendo o benefício, enquanto na Itália, um homem escondeu o corpo da mãe por cinco anos para continuar recebendo sua aposentadoria. No Brasil, além da Máfia da Previdência, casos como o de filhos que mantêm o corpo de pais falecidos para continuar recebendo os benefícios, como o recente caso no Rio de Janeiro, chamam a atenção.
O impacto da tecnologia e a necessidade de vigilância
O avanço da tecnologia tem trazido novos desafios para aposentados e pensionistas, facilitando a exposição de seus dados e tornando-os mais vulneráveis a fraudes. Embora muitos ainda sejam enganados por criminosos, a dificuldade de mensurar os prejuízos financeiros reflete a dimensão da fraude. Com base nas investigações da Polícia Federal e na CPI da Previdência, Saraiva destaca a gravidade dos danos e a complexidade do sistema fraudulento, que não se limita mais às fronteiras brasileiras.
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