Brasília – DF – O Brasil teria pouco a perder caso reaja com firmeza às tarifas impostas pelos Estados Unidos. A avaliação é do economista Paul Krugman, vencedor do Prêmio Nobel, que defendeu a retaliação brasileira como uma resposta corajosa e eficaz diante da política comercial agressiva de Donald Trump. As tarifas de 50% sobre produtos brasileiros devem começar a valer em 1º de agosto.
A reação que Trump respeita
Krugman afirmou que mostrar coragem e capacidade de revidar pode funcionar melhor com Trump do que buscar acordos. Segundo ele, os EUA estão ignorando tratados internacionais e fazendo “o que bem entendem”, tratando o Brasil com hostilidade por razões pessoais, ligadas à defesa de Jair Bolsonaro. “Trump vê Bolsonaro como uma alma gêmea”, disse.
As críticas ao modelo americano
Para o Nobel, as tarifas impostas pelos EUA afetam pouco o Brasil, que já tem a China e a União Europeia como principais parceiros. Ele considera que os americanos usam medidas protecionistas para beneficiar grupos privados. Como exemplo, citou a inclusão do Pix numa investigação por suposto favorecimento injusto, algo que classificou como “insano”.
O Brasil e o futuro do dinheiro
Krugman elogiou o sistema Pix, que segundo ele cumpre o que criptomoedas jamais conseguiram: transações rápidas, baratas e acessíveis. Ele vê o Pix como uma ameaça real à indústria de cartões e criptomoedas, por ser mais eficiente e ter ampla adesão popular. “É surpreendente que o Brasil esteja liderando essa revolução”, afirmou.
A queda da democracia nos EUA
Na parte mais crítica da entrevista, o economista se mostrou pessimista com o futuro americano. Disse que historiadores podem ver 2025 como o ano em que a democracia acabou nos EUA. E elogiou o Brasil por ter mostrado mais força institucional diante de ataques golpistas do que os próprios Estados Unidos.
Fonte: BBC News Brasil.
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