Isso pode ser alcançado por meio de pausas estratégicas e mudanças de ambiente, permitindo-nos apreciar plenamente tanto as experiências cotidianas quanto as extraordinárias.
A habituação é um mecanismo cerebral que nos faz parar de prestar atenção a estímulos constantes ou gradualmente alterados, como o som de um trem para quem mora próximo aos trilhos. Segundo Tali Sharot, professora de neurociência cognitiva, da University College London (Reino Unido), essa capacidade tem uma razão evolutiva, pois conserva recursos para novas situações, ajudando-nos a adaptar e a preparar-nos para futuros desafios.
Superação e progresso
A habituação não apenas nos ajuda a superar perdas e adversidades, mas também nos motiva a buscar melhorias e promoções no trabalho. Porém, essa mesma tendência pode tornar-se um obstáculo quando nos acostumamos a situações ou relacionamentos nocivos, perdendo a perspectiva e diminuindo a intensidade das emoções em experiências prazerosas.
Estratégias para “desabituar”
Ela sugere que, para combater a habituação, devemos nos distanciar temporariamente das situações habituais. Esse distanciamento pode ser físico, como fazer uma pausa das redes sociais ou mudar de ambiente de trabalho temporariamente, permitindo-nos ver as coisas sob uma nova luz, tanto as negativas quanto as positivas.
O Valor das pausas
Fazer pausas, mesmo que breves, pode ajudar a reduzir o estresse e aumentar a felicidade ao nos desabituar de estímulos constantes. Isso se aplica tanto a situações cotidianas quanto a momentos de lazer, como férias.
Férias: menos pode ser mais
Curiosamente, pesquisas indicam que o prazer das férias atinge seu pico nas primeiras 43 horas, diminuindo gradualmente depois disso. Portanto, várias férias curtas ao longo do ano podem ser mais benéficas do que uma longa, pois mantêm o prazer e a expectativa em alta. (BBC)
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