Nacional – A Operação Spare revelou que uma organização criminosa usava 98 lojas franqueadas de O Boticário para lavar dinheiro obtido de forma ilegal. Segundo a Receita Federal e o Ministério Público de São Paulo, as franquias movimentaram cerca de R$ 1 bilhão entre 2020 e 2024, mas emitiram apenas 550 milhões em notas fiscais.
As investigações apontam Maurício Soares de Oliveira como proprietário das lojas envolvidas. De acordo com o Coaf, as contas bancárias das franquias recebiam 100% dos valores em depósitos em espécie, prática comum em esquemas de lavagem de dinheiro. Mesmo durante a pandemia, as lojas apresentaram aumento de faturamento.
O Grupo Boticário informou que não tinha conhecimento nem responsabilidade sobre os atos ilícitos e que o franqueado investigado é sócio de uma empresa terceira. Em nota, a companhia declarou que repudia qualquer ação ilegal e que mantém políticas rigorosas de prevenção à lavagem de dinheiro e anticorrupção, além de colaborar com as autoridades.
Além das lojas, a operação identificou o uso de postos de combustíveis, motéis e empreendimentos imobiliários no esquema. O grupo seria comandado por Flávio Silvério Siqueira, que já foi investigado por ligação com integrantes do PCC. As autoridades bloquearam R$ 7,6 bilhões em bens de 55 investigados, incluindo imóveis, veículos de luxo, helicópteros e um iate.
A Operação Spare é uma ação conjunta do Ministério Público de São Paulo, Receita Federal e Polícia Militar, e segue apurando o envolvimento de empresários e possíveis conexões com o crime organizado.
Fonte: O Globo
Acompanhe o NP pelas redes sociais:
- Tiktok: @np.expresso
- Comunidade no WhatsApp: Clique Aqui
- Instagram: npexpresso
- Facebook: NPExpresso