A recente falência da Vier Indústria e Comércio do Mate (fundada em 1944, em Santa Rosa), com uma dívida de 49,743 milhões, acendeu o alerta sobre a crise no setor ervateiro gaúcho. A falta de matéria-prima, os custos de produção e problemas de gestão foram citados como causas do pedido de autofalência.
Crise e queda no consumo
Álvaro Pompermayer, presidente do Sindimate (Sindicato da Indústria do Mate no RS), afirma que o setor vive uma crise reflexo do pós-pandemia. A restrição no compartilhamento do chimarrão afetou drasticamente o consumo per capita, que caiu de 11 kg para 9 kg ao ano no Estado.

“O consumo caiu de forma considerável. Fora as mudanças de consumo em si, mesmo sendo um produto barato,” diz Pompermayer.
Oportunidades de mercado e exportação
Apesar da baixa na procura interna, o Sindimate vê oportunidades no mercado externo e em novos formatos de consumo:
- Exportação: O consumo de erva-mate está em expansão em países como Síria, Líbia e Paquistão, que juntos consomem cerca de 40 mil toneladas anuais (o equivalente ao consumo do Uruguai).
- Novos Consumos: O presidente do sindicato cita a alta do tererê e o interesse de grandes indústrias, como a Coca-Cola, em buscar erva-mate gaúcha para a fabricação de chás desidratados.
Dados da produção no RS
A erva-mate é cultivada em 34 mil hectares, distribuídos em 173 municípios, principalmente em regiões de altitude como Alto Taquari e Noroeste.
O Estado possui 240 indústrias que processam a planta, com uma produção anual de erva seca que chega a 120 mil toneladas. O Paraná, no entanto, lidera a produção nacional.
(Fonte: Bruna Oliveira/GZH)
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