Europa – A vacinação passa a ser vista como mais do que prevenção contra infecções: agora, é defendida como ferramenta para reduzir o risco de infartos e AVCs. A Sociedade Europeia de Cardiologia propôs que vacinas sejam o “quarto pilar” da prevenção cardiovascular, ao lado do controle da pressão, do colesterol e da glicose. O posicionamento reforça que vacinas protegem o coração ao evitar infecções que sobrecarregam o organismo.
Infecções e o impacto direto no risco cardiovascular
Especialistas explicam que o problema não está nas vacinas, mas nas infecções que elas evitam. Doenças como gripe e covid-19 aumentam a inflamação e a demanda de oxigênio do coração, o que pode desestabilizar placas de gordura nas artérias e causar infarto ou AVC. Mesmo assim, a adesão a vacinas como a da gripe continua baixa no Brasil. Em 2024, apenas 41% da população-alvo foi imunizada, muito abaixo da meta.
Desinformação e os riscos para a saúde pública
O receio infundado de que vacinas causam infarto contribuiu para essa baixa cobertura. Estudos mostram que o risco de complicações cardíacas é maior com a infecção do que com a vacinação. O cardiologista Audes Feitosa lembra que vacinas são fundamentais para evitar mortes e complicações graves, principalmente em pessoas com doenças cardíacas, respiratórias, diabetes e outros fatores de risco.
Vacinas vão além da proteção ao coração
Pesquisas apontam outros benefícios da vacinação. Um estudo recente indicou que a vacina contra herpes-zóster pode reduzir em 20% o risco de demência. A descoberta reforça a importância dos imunizantes também na proteção do sistema nervoso. Os dados ainda precisam de mais confirmações, mas já mostram um caminho promissor na prevenção de doenças crônicas.
A necessidade de ampliar a vacinação entre grupos de risco
Os especialistas defendem que a vacinação seja prioridade em todos os níveis de atenção à saúde. Cardiologistas, clínicos e outros profissionais devem aproveitar cada consulta para atualizar o cartão de vacinas dos pacientes. O alerta é claro: vacinas salvam vidas e precisam ser vistas como parte do cuidado integral.
Fonte: Adaptado de VEJA.
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