Nacional – O anúncio da gravidez da ex-BBB Laís Caldas trouxe à tona um problema pouco conhecido por muitas mulheres: a interação entre canetas emagrecedoras e anticoncepcionais orais. O tema ganhou força após especialistas confirmarem que medicamentos como o Mounjaro podem diminuir a absorção da pílula, elevando o risco de gestação. Para esclarecer o assunto, a reportagem organiza os principais pontos em formato de perguntas e respostas.
O que são os chamados “bebês Mounjaro”?
É a expressão usada para casos de gravidez que ocorrem durante o uso de canetas emagrecedoras, especialmente o Mounjaro, mesmo com uso de anticoncepcional oral.
Existe mesmo risco de o anticoncepcional falhar?
Sim. Há evidências de que o Mounjaro reduz a absorção da pílula, o que pode comprometer sua eficácia.
Por que isso acontece?
O medicamento retarda o esvaziamento do estômago. Com isso, a pílula demora mais para chegar ao intestino e pode não ser totalmente absorvida.
Esse problema acontece com todas as canetas emagrecedoras?
Não da mesma forma. O efeito é mais relevante com a tirzepatida, princípio ativo do Mounjaro. Canetas à base de semaglutida, como Ozempic e Wegovy, têm impacto menor.
O risco é maior em algum momento do tratamento?
Sim. O alerta é maior nas primeiras quatro semanas de uso e na semana seguinte a cada aumento de dose.
Quem usa pílula deve parar o anticoncepcional?
Não necessariamente, mas não deve confiar apenas nele. O uso de camisinha passa a ser obrigatório.
Quais métodos contraceptivos são mais indicados nesse caso?
DIU hormonal ou de cobre, implante subdérmico, anticoncepcionais injetáveis, adesivo ou anel vaginal.
Esses métodos são mais seguros por quê?
Porque não dependem da absorção pelo estômago e não sofrem interferência do medicamento.
E se a mulher quiser engravidar?
As canetas devem ser suspensas pelo menos dois meses antes de tentar engravidar, para garantir a eliminação completa do medicamento.
O que fazer se a gravidez acontecer durante o uso?
A recomendação é suspender imediatamente o uso da caneta e procurar acompanhamento médico.
Há risco para o bebê?
Ainda não há estudos conclusivos sobre segurança fetal. Por isso, essas medicações não devem ser usadas por gestantes ou por quem está tentando engravidar.
Qual é a principal orientação dos especialistas?
O tratamento deve ser sempre acompanhado por endocrinologista e ginecologista, unindo emagrecimento, planejamento reprodutivo e segurança.
(GZH)
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