Sidarta Ribeiro, professor da UFRN, traça em As flores do bem a trajetória da Cannabis, desde sua marginalização até a valorização científica. Ele rebate exageros tanto da demonização quanto da idealização da planta e destaca os efeitos reais: o THC afeta a memória de curto prazo de forma leve e passageira, mas pode aumentar a criatividade. Pesquisas indicam que usuários crônicos recuperam funções cognitivas após interrupção do uso, embora estudos recentes tragam dúvidas sobre isso.
O neurocientista esclarece que surtos psicóticos podem ocorrer com doses altas de THC, mas isso é diferente de esquizofrenia. Essa doença não é causada pela maconha, embora pessoas com predisposição devam evitá-la. Ele defende a regulação baseada na proporção entre THC e CBD, e alerta para os riscos do uso por adolescentes e jovens adultos, grupo mais vulnerável a efeitos adversos.
A eficácia do canabidiol no tratamento da epilepsia superou o discurso proibicionista. Outros usos comprovados incluem dores crônicas, efeitos da quimioterapia e casos de autismo com crises epilépticas. A Cannabis também mostra potencial contra certos tipos de câncer e doenças como Parkinson e Alzheimer. Ribeiro reforça que idosos podem se beneficiar mais da planta do que jovens.
Fonte: Revista VEJA.
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