O juiz federal Alderico Rocha Santos, de 58 anos, está sendo investigado pelo Ministério Público Federal devido à suspeita de não conseguir comprovar a origem do dinheiro utilizado para comprar duas fazendas em Tocantins, em 2022, cujo custo total foi de 33,5 milhões.
Ele pode enfrentar a punição máxima na magistratura, que é a aposentadoria compulsória.
A procuradora Ana Paula Mantovani Siqueira solicitou a aposentadoria compulsória do juiz, destacando que ele aumentou seu patrimônio em mais de 10 vezes de forma incompatível com seu salário.
Ela também mencionou que p juiz cometeu atos proibidos para magistrados, como gestão de empresas, e teve comportamentos escandalosos e desrespeitosos à dignidade e honra da função de juiz, além de utilizar sua posição para fins privados.
As investigações identificaram uma série de pagamentos feitos ao magistrado, sem motivação comprovada. Em sua defesa, Alderico Santos alegou que os pagamentos se referem a imóveis vendidos por ele.
Ele também atribuiu sua evolução patrimonial ao trabalho como juiz federal desde 1997, dinheiro recebido do pai, venda de imóveis e rendimentos como sócio de um curso de disciplinas jurídicas, além da atividade pecuária.