Cidreira/Tramandaí – O Tribunal do Júri em Tramandaí julgará o padrasto e a mãe de Anthony Chagas de Oliveira, de dois anos, na quinta-feira, 11 de abril.
Segundo o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), no dia 14 de outubro de 2022, a criança foi levada desmaiada para o posto de saúde de Cidreira, mas acabou morrendo durante o atendimento.
Diego Ferro Medeiros, de 22 anos, está preso em Canoas, e Joice Chagas Machado, de 28 anos, responde em liberdade.
Ele enfrentará julgamento por homicídio triplamente qualificado — motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima — e tortura na modalidade castigo.
Ela pelo delito de tortura por omissão, pois tinha conhecimento dos atos que eram praticados pelo seu companheiro, porém não exerceu o dever de proteção.
O tribunal ouvirá cinco testemunhas. A previsão é de que o júri dure um dia.
O crime
Pai e mãe biológicos do menino terminaram um relacionamento e, dois meses antes do homicídio, chegaram a um acordo extrajudicial. Anthony foi morar com a mãe e o padrasto.
No dia 14 de outubro, o padrasto levou a criança desmaiada para o posto de saúde de Cidreira. Ele e a mãe do menino apresentaram versões diferentes sobre este dia durante a investigação. Joice disse que o filho estava bem quando o entregou para Diego e ele, ao contrário, disse que o enteado estava passando mal.
Entretanto, não havia registro anterior de denúncia de agressão. Segundo a investigação, a criança apresentava hematomas no rosto, braços e pernas, além de ter um dos braços quebrado.
A perícia confirmou politraumatismo contundente em razão da violência e, ainda de acordo com a denúncia, havia sinais de que o menino já vinha sofrendo violências há tempos.
Informações: Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS)


