Santiago – (João Lemes) Este episódio na BR-287, em que o advogado Osório Dutra não conseguiu passar pelo bloqueio dos agricultores, podia ter sido evitado com uma coisa simples: bom senso. Nem os motoristas estão acima da lei, nem os agricultores têm licença para bloquear rodovia sem considerar situações urgentes. O tumulto ganhou proporções estaduais e agora há uma ação sendo movida contra a Polícia Rodoviária Federal, que, segundo Osório Dutra, teria permitido algo: impedir o direito de ir e vir.
A causa dos agricultores é legítima e precisa do apoio da sociedade. Mas protesto que gera inimigos perde força. Não se pode cair na arrogância de achar que “se não plantam, a cidade não come”, como se o restante dos trabalhadores fosse inútil. Não é. Toda profissão importa, tudo se conecta. Os agricultores têm razão em pedir a securitização, em tentar salvar sua próxima safra, mas precisam da simpatia de quem passa na estrada — e não do desprezo.
Deixar passar um sujeito meio brabo e com audiência marcada não desmancha protesto nenhum. Talvez ele estivesse exaltado, talvez a resposta tenha sido ríspida demais. Faltou calma dos dois lados. Faltou diálogo. E, mais que isso, sobrou soberba — seja de quem trancou, seja de quem queria passar. Se cada um tivesse baixado o tom e entendido que todos dependem uns dos outros, não estaríamos falando disso agora. É hora de somar, não de dividir. É hora fumar o cachimbo da paz.
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