(Badanha) A sessão da Câmara esquentou com desabafos, acusações e muito recado indireto. Teve vereador se queixando dos apelidos, outro comemorando visualizações na rede e um terceiro desconfiando até de intenção de cassação. O clima, que já vinha tenso com os gastos das diárias, subiu mais um grau.
“Caco” e “calça suja” não!
Ione Caminha (PP). A ex-prefeita e atual vereadora reagiu firme às críticas que ouviu nas ruas; disse que foi ofendida em uma cancha de bocha, pois foi chamada de “Caco” e “Calça suja”. Também disse que ninguém vai impedi-la de viajar a Porto Alegre: “Sou mulher, nunca faltei com respeito e exijo respeito. Quem quiser falar de mim, que fale na minha cara.” Também se irritou com o abaixo-assinado que circulou pela cidade: “As pessoas assinaram sem saber o que estavam assinando.”
Essa dona Ione está muito certa. Ela já fez muito pela cidade e foi eleita legitimamente. Além de tudo, é uma mulher idosa. Por favor, respeitem. Também gostei da sua postura ao rebater a crítica.

Outra rusga
Esta não é a primeira polêmica da ex-prefeita. Há pouco ela falava em rasgar a Constituição, já que o presidente da casa, Luner Martiniz, não cumpria a lei. Sua colega Catiane Alves (PSB), indignada, deu contra. “A Constituição é como a Bíblia, não pode ser rasgada!” Virou quase um sermão no meio do fuzuê e só faltou dar de mão no seu facão, aquele lá da rusga do bar da praia.

O abastado e o abestado – o cara do agro e o das maçãs
O agropecuarista Alemão Renz, é um dos vereadores mais ricos da região, com um patrimônio estimado em mais de 16 milhões. Há vários anos na política, usa o cargo como trampolim para alcançar seu objetivo que é ser prefeito. Desde o início da atual legislatura, Renz vem travando um debate acirrado com o presidente Luner, que abriu os cofres da Câmara e largou diárias pra todo mundo. Em apenas três meses, foram mais de 160 mil. Ao contrário do Alemão, Luner é de família pobre e antes de entrar na política, foi entregador de jornais e encarregado de pomar de maçã em Vacaria.
Vereador “viralizado”
Alemão Renz (PP) agradeceu pelas supostas 57 mil visualizações em uma live feita de casa: “Apoiei o abaixo-assinado e quero continuar esse trabalho com apoio da comunidade.” No plenário, houve ironia: disseram que ele virou um leão atrás do computador. E duvidaram dos números. Faltou só pedir o print.
Cassação no ar?
Luner Martinez (MDB) disse que está sempre disponível para prestar contas: “Se gastaram demais, estou aqui de segunda a sexta para explicar.” Ele contou que uma moradora recebeu um abaixo-assinado sugerindo sua cassação. E criticou o colega Renz: “Fazer politicagem com mentira, pra cima de mim não cola.”
De olho em Brasília
Luner também rebateu uma informação falsa sobre o salário da presidência da Câmara. E aproveitou para avisar que no mês que vem estará na capital federal buscando recursos: “Vereador que fica só no telefone não arruma nada. Gratidão me acompanha, não tenho o dom da palavra, mas trabalho.”
Obs.: Se continuar nesse ritmo, no fim do mandato Luner pode acabar com avião próprio.
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