São Francisco de Assis – RS – Um operário que trabalhava na reforma da Escola Estadual Salgado Filho ficou preso no telhado, a cerca de 15 metros de altura, após sofrer um trauma na coluna na tarde de segunda-feira, 20. Ele travou completamente o corpo e não conseguia se mover, sendo resgatado pelos bombeiros de Santiago. O trabalhador, consciente e comunicativo, foi retirado com segurança e encaminhado ao hospital, relatando que estava com fortes dores na lombar.
O que pode ter acontecido
Segundo especialistas, o quadro indica um espasmo muscular severo ou uma lesão lombar aguda. Ambos podem ocorrer em atividades físicas intensas, principalmente em obras, quando há esforço, torção ou movimento brusco. Nesses casos, os músculos da coluna se contraem de forma involuntária, endurecendo para proteger a região (o que provoca a sensação de “travamento” e impede qualquer movimento).
O trauma pode ainda envolver pequenas lesões nos ligamentos, nos discos ou nas vértebras, e o risco aumenta quando o corpo está em posição forçada, como acontece em trabalhos no alto ou com peso. Mesmo sem fratura, a dor é intensa e o corpo bloqueia o movimento por instinto de defesa.
O estado de saúde
Após o resgate, o trabalhador foi levado ao hospital, onde passou por exames e recebeu medicação. Ele não precisou ser transferido para Santa Maria e se recupera bem em casa. O operário é natural de Santiago, mas mora em São Chico, onde atua na empresa responsável pela obra.
Por que o resgate precisa ser cuidadoso
Os bombeiros agem com extrema cautela nesses casos porque, mesmo quando o trabalhador está consciente, há chance de uma compressão vertebral ou de lesão na medula espinhal. Um movimento brusco pode agravar o quadro e causar sequelas, como perda de sensibilidade ou paralisia. Por isso, o resgate inclui imobilização total da vítima antes da descida.
Riscos e recuperação
O tratamento depende da gravidade. Nos casos leves, o repouso e o uso de relaxantes musculares e fisioterapia podem devolver os movimentos em poucos dias. Já nas situações em que há comprometimento de nervos ou discos, a recuperação pode levar semanas ou até meses.
O caso serve de alerta sobre a importância de cuidados ergonômicos e do uso de equipamentos adequados em obras, onde o esforço físico e o trabalho em altura tornam a coluna uma das regiões mais vulneráveis do corpo.
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