Santiago, RS – O custo dos alimentos essenciais encerrou o mês de novembro em queda. Conforme a pesquisa mensal do curso de Administração da URI, o valor da cesta básica passou de 707,46 para 689,56, uma redução impulsionada principalmente pelo setor de hortifrutis e derivados do leite.
Oscilações de preços
O recuo geral foi garantido por quedas expressivas em itens como o tomate (-32,16%), o leite integral (-16,21%) e a banana caturra (-12,38%). Também ficaram mais baratos a farinha de trigo, o pão cacetinho e a manteiga. Por outro lado, o consumidor enfrentou altas no óleo (11,39%) e no arroz tipo 1 (7,85%). A carne de patinho subiu 2,92% e permanece como o item de maior peso financeiro, consumindo R$ 308,36 do orçamento total.
Impacto no poder de compra
Apesar da deflação no mês, o custo da alimentação ainda compromete grande parte da renda do trabalhador. Para comprar a cesta em Santiago, quem recebe um salário mínimo precisou dedicar aproximadamente 100 horas de trabalho em novembro, o equivalente a quase metade da jornada mensal ou três semanas de serviço integral.
Salário mínimo ideal
Com base no preceito constitucional de que o salário deve suprir as necessidades de uma família de quatro pessoas, o DIEESE estima que o salário mínimo ideal para novembro de 2025 deveria ser de 5.793,38. O valor é cerca de quatro vezes superior ao piso vigente, evidenciando como o preço dos alimentos limita a capacidade de investimento das famílias em outras áreas, como saúde, educação e lazer.
Fonte: Emanuely Guterres Soares/Jornalista da URI
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