Santiago acaba de perder uma de suas mais célebres professoras e escritoras, Arlete Gudolle Lopes.
Arlete foi uma grande escritora e membro destacado da Academia Santiaguense de Letras. Sua partida nos deixa imensamente tristes, mas suas obras permanecem como um legado eterno. Entre elas, destacam-se “O Inquietante Perfume de Cravos” e “Fugaz Eternidade”, apenas algumas das muitas que escreveu.

Também foi patrona da feira do livro de Santiago
Arlete possuía o dom de se conectar com as pessoas sem jamais constrangê-las. Sabia ensinar sem constranger. Ela valorizava profundamente as relações humanas e, acima de tudo, adorava um abraço caloroso.
Em breve, vamos divulgar o local dos atos de despedida.

UM DOS SEUS ÚLTIMOS POEMAS
QUERIDAS E QUERIDOS, EU VOLTEI, VOLTEI PARA FICAR….
Estive afastada deste espaço para tratar problemas de saúde. A dor amplia o desencanto, mas não me prostra. Depois que li a crônica de minha autoria que a minha querida amiga ODETE postou no face dela, a vontade de escreve reacendeu minhas energias mentais. Então, como se a musa das artes se incorporasse em meus dedos, iniciei a escrever o último conto que fará de meu terceiro livro a sua casa.
Se desejarem ampliar minha vontade de escrever, leiam o começo de A MAGIA DO INSTANTE, que dará o nome de meu terceiro livro, a ser lançado ainda neste ano, se até lá viver.
Às vezes somos retalhos, sombras de nós mesmas. Ou pessoas que, um dia, foram crianças, Depois, à medida que crescemos, vamos costurando lembranças, tal uma colcha de retalhos que, como todas as coisas, envelhece, se fragiliza, se escarça e se esfacela. Para umas, tudo muda, toma novas configurações para, se tiverem sorte, a vida lhes será radiante feito girassol. Para outras, as conformadas, as horas passam lentas porque nada fazem para mudar ou evoluir. Então percebem que, até para sofrer, devem ser bafejadas pela sorte. Outras tantas, açoitadas por um chicote vingador, sofrem todas as dores inclusive, as impossíveis de suportar. Ah, também existem as felizardas, as bem nascidas, bem crescidas, bem casadas. Poucas. Mas existem. Se aprenderam a arte de dissimular, parecer o que não são, isso é problemas delas. Que aprendam a superar-se e a se aceitar, senão, farão parte das estatísticas que abarrotam consultórios de psicólogos e psiquiatras! Há as crédulas, embora saibam que a verdade é sempre invenção de alguém. E as que acreditam na eternidade porque não há espelhos para refletir a morte. Num tablet novinho, que se presenteara no Natal, ia escrevendo coisas, reflexões desconexas, frases soltas para, no final, amarrá-las dando-lhes início, meio e fim.
A praia estava deserta àquela hora. O sol ainda não adormecera. Não tinha pressa para fazer amor nos braços da noite. Uma revoada de pássaros executava lindas e bem ensaiadas coreografas que sobressaíam sob a luz fugida de fim de tarde. O vento que lhe remexia os cabelos, compunha suaves melodias ajudados pelo som que as ondas emitiam pelo doce balanço do mar.
Grande educadora! Por anos foi professora do colégio Estadual entre outros… Militante na época do PDT. Seus ensinamentos ficarão eternizados em seus alunos; grande formadora de profissionais em diversas áreas. Meus sentimentos aos familiares e amigos!…