Éder Alves

O amor pelo laço é mais forte que o câncer

Mesmo com a rotina de seu tratamento, o piá laçador não abre mão da sua paixão e conquista medalha de ouro nas Olimpíadas Rurais.

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Santiago, RS – Neste 12 de outubro, Dia das Crianças, celebramos a história de um verdadeiro campeão. Gabriel Borba Almeida, de 9 anos, é um apaixonado pelas tradições gaúchas, especialmente pela arte do laço. Mesmo em tratamento contra o câncer desde os sete anos, ele nunca deixou de fazer o que mais gosta. E o esforço valeu a pena!

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No último domingo, Gabriel foi o vencedor se sua categoria no tiro de laço na vaca parada nas Olimpíadas Rurais. Convidado para representar a localidade de Buriti, onde mora sua avó Nilza Terezinha Marquite da Silva, ele demonstrou pura garra. Devido à intensidade do sol, Gabriel laçava e ia para a sombra descansar. No final, a medalha coroou todo o seu esforço, enchendo de orgulho a todos. O prêmio foi compartilhado com os colegas do 4º ano da Escola Manoel Abreu.

Amor pelo laço e a família

Gabriel é o filho mais velho do casal Rozani Borba e Ueliton Almeida, e irmão da Heloísa (6 anos) e da Giovana (2 anos). A família mora no bairro Vista Alegre. A mãe conta que “Gabe” sempre gostou de andar pilchado, a cavalo e laça desde os 4 para 5 anos. Apesar da paixão, ele não tem sua vaquinha própria e nem o laço; pratica com uma turma de amigos na vizinha Paola. Quando recebeu o convite da organizadora Odilaine para laçar nas Olimpíadas, ele treinou a semana toda, e afirma: ano que vem quer estar presente novamente. Além de laçar, Gabriel gosta de jogar futebol e ler.

A descoberta e a batalha pela saúde

Rozani relata que o filho sempre foi uma criança normal e muito ativa. A doença foi descoberta após um acidente doméstico, quando Gabriel bateu a coluna justamente no local do tumor. Após dias internado em Santiago, e graças ao esforço do médico pediatra Carlos D’Ávila, ele foi transferido para Santa Maria, onde foi operado.

A família viveu o drama da incerteza sobre possíveis sequelas, mas apenas quatro dias após a cirurgia, ele voltou a ficar de pé e caminhou uma semana depois do procedimento.

Exames posteriores revelaram a doença também no cérebro e na medula. Gabriel passou um ano fazendo radioterapia em Porto Alegre, sendo a última de mais de 30 sessões feita em setembro. Agora, a família aguarda uma decisão judicial para fazer uma ressonância magnética do encéfalo e neuroeixo (coluna), exames que devem ser feitos fora do município, para dar continuidade ao tratamento.

Estudos e passatempos

Devido ao longo tratamento, Gabriel perdeu alguns anos na escola e só agora está aprendendo a ler. A leitura é, inclusive, um de seus passatempos favoritos. Ele também participava do grupo de danças da Associação Mãos Amigas, mas precisou se afastar. Atualmente, Gabriel frequenta a catequese.

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