São Paulo – SP – Brasil – O Fantástico, programa dominical da Globo, gerou polêmica ao exibir no dia 29 de junho uma reportagem repleta de desinformação sobre a cannabis. Em vez de informar com seriedade, o programa optou por alarmar, apresentando o “ice” — uma técnica milenar de extração da planta — como algo mais potente, viciante e nocivo do que a maconha em si. O resultado foi um desserviço ao debate e à sociedade.
A técnica criminalizada e a oportunidade perdida
A extração com água e gelo, usada no “ice”, é natural e sem solventes, prática comum há séculos. Esse tipo de concentrado, longe de ser uma “droga nova e perigosa”, pode até reduzir os danos do fumo, principalmente se vaporizado. O Fantástico poderia ter mostrado o tema sob o prisma da redução de danos, mas preferiu o caminho do medo e da estigmatização.
O reforço de preconceitos e a falta de contexto
A reportagem usou depoimentos anônimos, trilha sonora sensacionalista e comparações absurdas com o crack. Ignorou estudos sérios que mostram que concentrados de cannabis podem, inclusive, reduzir riscos respiratórios quando usados de forma correta. O maior problema não é o produto em si, mas a falta de regulação e de informação de qualidade — exatamente o que a reportagem deixou de oferecer ao público.
Fonte: análise crítica sobre a cobertura do Fantástico.
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