Marau, RS (região de Passo Fundo) – A Justiça do Trabalho, em uma decisão liminar, determinou que a BRF S.A. mude seus vestiários na unidade de Marau. A decisão atende a um pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT), que denunciou a empresa por obrigar mais de 2,9 mil funcionários a se despir em áreas coletivas e fazer filas em roupas íntimas para a troca de uniformes.
A fiscalização, ocorrida em março, revelou que a prática viola a privacidade e a dignidade dos trabalhadores, além de expor condições de saúde, como o uso de bolsa de colostomia e cicatrizes cirúrgicas. Segundo o MPT, a empresa adota uma conduta “institucionalizada” de desrespeito.
A BRF terá 120 dias para instalar cabines ou divisórias que garantam a privacidade dos empregados e modificar o processo de troca de uniformes. O descumprimento da medida pode gerar multas de até 50 mil por obrigação e 2 mil por trabalhador afetado.
A empresa comunicou que ainda não foi oficialmente notificada sobre a decisão. O Ministério Público do Trabalho também solicita uma indenização de 5 milhões por danos morais coletivos, que ainda será analisada pela Justiça.
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