Estado – RS – O ano de 2024 entrou para as estatísticas como o período com maior número de atendimentos por envenenamento no RS na última década. Foram 378 registros, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede). O caso mais emblemático ocorreu em Torres, no Litoral Norte, quando três pessoas da mesma família morreram após comer bolo contaminado com arsênio. A responsável, Deise dos Anjos, também teria envenenado o sogro meses antes.
Os números e os perfis
Entre os casos de 2024, 14 foram intencionais. Só Deise teria sido responsável por nove deles. Na década, o Estado somou 3.278 registros, ocupando a quarta posição nacional, atrás de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Homens jovens entre 20 e 29 anos concentram a maior parte das vítimas, mas as crianças de 1 a 4 anos também aparecem em grande número.
As substâncias e os riscos
Produtos químicos não especificados, medicamentos para dor e febre, pesticidas e álcool estão entre os principais agentes dos envenenamentos. Para especialistas, a facilidade de acesso a substâncias perigosas e a falta de fiscalização tornam o envenenamento uma arma silenciosa em conflitos familiares e pessoais.
Consequências graves
Deise dos Anjos foi encontrada morta na prisão, com sinais de enforcamento, após ser apontada como autora do crime de Torres e de outras tentativas de envenenamento. Para a Abramede, os episódios mostram a necessidade de maior controle, orientação da população e políticas públicas para reduzir o acesso a produtos tóxicos.
Fonte: GZH / Abramede.
Acompanhe o NP pelas redes sociais:
- Tiktok: @np.expresso
- Comunidade no WhatsApp: Clique Aqui
- Instagram: npexpresso
- Facebook: NPExpresso