Porto Alegre – RS – A colheita de 2025 interrompeu uma sequência de aumentos que durava desde junho do ano passado. No IPCA de julho, o café registrou queda de 3,33% na Capital, recuo mais forte que a média nacional, que foi de 1,1%. Ainda assim, no acumulado de 12 meses, o preço segue 83,71% mais alto.
O que explica a queda
Segundo o economista André Braz, da FGV, a maior oferta no mercado doméstico após a safra foi suficiente para frear um ciclo de alta que durou cerca de 18 meses. A Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic) lembra, porém, que os estoques mundiais estão baixos, o que mantém o cenário volátil.
E os próximos meses?
Braz avalia que é cedo para falar em tendência prolongada de baixa, mas admite que, se o ritmo de produção se mantiver, os preços podem seguir cedendo. Já o presidente da Abic, Pavel Cardoso, prevê instabilidade devido ao baixo nível de estoque global e à dependência do clima para a próxima colheita.
Impacto do tarifaço dos EUA
O recuo atual não está ligado à tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos, em vigor desde 6 de agosto. No entanto, as exportações para o país já caíram 18% entre janeiro e julho. Com menos embarques, parte da produção pode permanecer no Brasil, influenciando a oferta interna.
Fonte: GZH.
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