Acordo entre China e EUA agita o mercado da soja

Mudanças na política de biocombustíveis e avanço do plantio nos EUA movimentam o cenário,

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O mercado da soja teve uma semana movimentada, com os preços oscilando bastante. Dois fatores principais explicam esse cenário: um novo acordo comercial entre China e Estados Unidos e possíveis mudanças na política de biocombustíveis dos EUA. Além disso, o ritmo acelerado do plantio nos Estados Unidos também mexeu com os preços.

O entendimento entre as duas maiores economias do mundo animou o mercado, fazendo subir as cotações da soja, do óleo e do farelo. A expectativa é de que a demanda pela soja americana aumente, justamente no momento em que os produtores dos EUA avançam com o plantio da safra 2025/26.

Por outro lado, rumores sobre mudanças na política de biocombustíveis americana trouxeram incertezas. Se essas mudanças forem confirmadas, a demanda por óleos vegetais pode cair, o que pressiona negativamente os preços. A queda do petróleo também colaborou para essa pressão.

Nos Estados Unidos, o clima tem favorecido o plantio, que está mais adiantado que a média histórica. Isso aumenta as chances de uma safra grande, o que também interfere nas cotações. Até 11 de maio, 48% da área estimada para soja já havia sido plantada — 14 pontos percentuais acima do ritmo do ano passado. Iowa, Nebraska e Illinois são os estados mais adiantados. Porém, parte das lavouras ainda enfrenta seca, e o clima segue como fator de atenção.

Na Bolsa de Chicago, a soja com entrega em maio de 2025 fechou a US$ 10,51 por bushel (+0,67% na semana), e o contrato de março de 2026 foi a US$ 10,56 (+0,76%). O dólar ficou em R$ 5,67, com leve alta de 0,35%.

Brasil segue forte nas exportações

Enquanto os EUA plantam, o Brasil mantém seu destaque nas exportações. De janeiro a abril, o país embarcou 37,4 milhões de toneladas, 1,6% a mais que no mesmo período de 2024. Em abril, foram 15,3 milhões de toneladas — o segundo maior volume da história. E as previsões para maio são ainda melhores: até 16,5 milhões de toneladas.

A tensão comercial entre China e EUA também tem favorecido o Brasil, que vem ganhando espaço no mercado chinês. Se os americanos reduzirem a área plantada ou enfrentarem problemas com o clima, o Brasil pode manter a liderança nas vendas externas.

Dólar instável

O câmbio continua instável, influenciado tanto por fatores internacionais quanto internos. A expectativa de juros altos nos EUA e o retorno de Donald Trump ao centro das discussões comerciais aumentam a volatilidade. No Brasil, o cenário fiscal ainda é incerto, mesmo com os esforços do governo para sinalizar compromisso com as contas públicas.

A tendência é que o dólar possa cair ainda mais e romper os R$ 5,60. Se isso se confirmar, a exportação da soja brasileira pode ganhar mais impulso, mesmo que isso torne os preços internos menos competitivos.

Canal Rural

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