Um levantamento da MundoGeo, empresa que organiza a Expo eVTOL, feira do setor que acontece em São Paulo, calcula que mais de 10 mil modelos dos “carros voadores” já foram encomendados em todo mundo. O Brasil seria o terceiro maior mercado, atrás dos Estados Unidos e da China, com 780 encomendas.
Ao menos duas empresas brasileiras apresentaram modelos para transporte de passageiros na Expo eVTOL. A Gohobby, uma das expositoras, é a revendedora brasileira de uma empresa chinesa, a EHang, que opera no mercado de carros voadores da China — os eVTOLS já estão em uso no país asiático. Por aqui, teve os testes autorizados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), que gerencia o uso do espaço aéreo brasileiro.
Quanto custa?
Cada veículo da marca custa US$ 515 mil dólares (ou 2,65 milhões) e traz junto um carregador para seus 12 módulos de bateria, que suportam aproximadamente mil carregamentos — cada um custa 20 mil, caso precise ser reposto. O modelo leva 25 minutos para carregar, tem autonomia de 30 km em linha reta e custo estimado de R$ 14 por viagem.
A empresa cobra 60 mil como entrada para que os interessados possam garantir um lugar na fila de espera. Que já conta com 15 inscritos, entre pessoas físicas e empresas. Alguns dos interessados estão focadas em projetos como entrega de medicamentos e vacinas em terras indígenas e transporte de itens de luxo.
Fase de testes
As regras para o setor ainda estão em desenvolvimento pela Anac. Mas a previsão é de que em 2026 os veículos já estejam em uso no país.
De acordo com Roberto Honorato, superintendente de aeronavegabilidade da Anac, três empresas aguardam análise da autoridade para iniciar a fase de testes no Brasil. Três outras já passaram pela fase de testes e esperam aval para que os produtos possam funcionar.
Normalmente, aeronaves de pequeno porte conseguem autorização em três anos. Para os modelos de maior porte, o prazo costuma ser pouco maior, média de cinco anos.
F.: Folha de Pernambuco.
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