A recente redução nas tarifas de importação dos Estados Unidos foi recebida com pessimismo pelos exportadores brasileiros de café.
A medida, que cortou a taxa global de 10% para cerca de 200 produtos, manteve uma sobretaxa de 40% ao Brasil, enquanto grandes concorrentes tiveram suas tarifas zeradas.
Café: Concorrência Superada
- Piora para o Brasil: O café brasileiro teve sua tarifa reduzida de 50% para 40%. Contudo, na mesma decisão, concorrentes como Colômbia e Vietnã tiveram a tarifa zerada, o que inverteu o impacto inicial esperado.
- “Continua proibitiva”: O diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos, e o presidente, Márcio Ferreira, classificaram a taxa de 40% como “proibitiva”, afirmando que o Brasil segue “totalmente fora do jogo”.
- Impacto nas vendas: Os EUA, principal comprador de café do país, reduziram as importações brasileiras em 51,5% (entre agosto e outubro), na comparação com o mesmo período de 2024, segundo o Cecafé.
Setores mistos: Alívio para carne, preocupação com frutas
O clima foi de “comemoração comedida” em outros setores:
- Carne Bovina: A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) viu a decisão como uma “boa sinalização” para o mercado, com expectativa de retirada total das tarifas.
- Frutas: A Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) considerou a medida um “avanço relevante”, mas demonstrou preocupação com a exclusão da uva da lista de exceções. A uva, segunda fruta mais exportada para os EUA, registrou queda de 73% nas vendas para o país no terceiro trimestre.
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