Alan Rodrigues da Silva (25 anos) foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime de feminicídio contra sua ex-companheira Paola Muller (32 anos). O crime aconteceu no dia 27 de janeiro deste ano. Ela foi atacada ao chegar em casa após o trabalho, de carona com um amigo, e foi surpreendida pelo ex, que atirou seis vezes contra ela.
O amigo de Paola, que conduzia a vítima justamente por questões de segurança, a levou ao hospital. No entanto, Alan perseguiu o carro e, na porta da emergência, disparou mais seis vezes.
Nas redes sociais, o motoboy publicou um texto admitindo o assassinato logo após o crime e alegando desespero pela perda da guarda do filho:
“Eu tentei da melhor forma, avisei, pedi, pedi e pedi mil vezes: por favor, não tirem meu filho de mim, ele é tudo que eu tenho, mas não adiantou. Foram lá e fizeram de tudo que é mentira pra me tirar ele”, escreveu.

A denúncia
- O crime foi motivado por questões de gênero em um contexto de violência doméstica e por motivo torpe. Além disso, foi considerado que o homicídio foi cometido na presença do filho da vítima, por meio de emboscada, gerando risco à integridade física ou à vida de outras pessoas.
- De acordo com o Ministério Público, Paola foi assassinada porque o ex-companheiro estava descontente com uma decisão judicial de cinco dias antes do crime, que deu a guarda provisória do filho de seis anos para a mulher.
- Alan também foi denunciado pela tentativa de homicídio qualificado contra o amigo de Paola que a levava até o hospital. Esse segundo crime foi cometido com recurso que dificultou a defesa da vítima e mediante surpresa.
- Também consta na denúncia o fato dele ter descumprido medidas protetivas de urgência, que haviam sido concedida dias antes do crime.
- O Ministério Público também menciona ameaças feitas contra a mãe de Paola após o primeiro ataque. O filho do casal, que presenciou toda a cena, correu até a casa da avó materna para avisar que a mãe havia sido ferida.
- Segundo a polícia, o autor foi até a casa da ex-sogra, de 63 anos, e disse: “Só não te mato agora, porque tu está com o meu filho”. Após a ameaça, ele foi em casa pegar mais munição e, em seguida, se dirigiu ao hospital para descarregar a arma novamente.
- O Ministério Público pediu ainda reparação mínima de danos causados ao filho da vítima, no valor de 100 mil, além de mais 10 mil para cada uma das outras vítimas, o amigo e a mãe de Paola.
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