O que se sabe sobre o apagão na Europa

"Não há indícios" de ataque cibernético, sabotagem ou ação criminosa, declarou o primeiro-ministro de Portugal, Luis Montenegro

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O apagão que afetou Portugal, Espanha, Andorra e partes da França nesta segunda-feira (28) teve origem em uma falha na interconexão elétrica entre França e Espanha. A desconexão da rede elétrica espanhola com a malha europeia mais ampla causou o colapso.

A falha resultou em quedas simultâneas de energia em várias áreas da Península Ibérica. Especialistas apontam que sobrecargas locais e falhas de segurança agravaram a situação, tornando o colapso mais amplo.

A perda de conexão com a rede afetou diretamente Portugal, que depende da eletricidade espanhola. O primeiro-ministro de Portugal descartou a hipótese de ataque cibernético, confirmando que o apagão foi causado por falhas técnicas.

Reação da população

A população reagiu com correria para sacar dinheiro, formar filas em mercados e buscar alternativas para voltar para casa sem transporte público. Muitas famílias ficaram sem água e comunicação, enquanto redes de telefonia sofreram sobrecarga. Apesar do caos, a maioria seguiu as orientações para economizar energia e evitar deslocamentos.

Muitos moradores enfrentaram dificuldades para cozinhar devido à predominância de fogões elétricos. Sem eletricidade, não conseguiam utilizar seus aparelhos, o que os levou a recorrer a alimentos prontos e enlatados. Esse consumo inesperado gerou gastos adicionais, especialmente em um cenário de incerteza sobre o retorno da energia elétrica.

O brasileiro David Marconte, residente em Lisboa, relatou que supermercados fecharam por falta de energia, mas alguns com geradores continuaram funcionando. Isso levou muitos a comprar alimentos prontos para estocar. A falta de energia afetou o funcionamento de trens, semáforos e operações nos aeroportos, como o de Madrid-Barajas, na Espanha. Nos terminais, o check-in foi feito manualmente .

A situação evidenciou a vulnerabilidade das residências que dependem exclusivamente de energia elétrica para suas necessidades básicas. A falta de preparação para emergências, como a recomendação da Comissão Europeia para manter “kits de sobrevivência” em casa, tornou-se evidente, e muitos passaram a considerar a importância de alternativas para situações imprevistas.

“Kit Guerra”

Poucas semanas antes do apagão, a Comissão Europeia havia recomendado que os cidadãos montassem “kits de sobrevivência” para 72 horas, com alimentos, medicamentos, lanterna, pilhas e dinheiro. A medida visava preparar a população para desastres naturais, ciberataques ou conflitos. Muitos ignoraram o alerta, mas após o apagão, relatos mostram que a orientação ganhou importância. Brasileiros que vivem em Portugal e Espanha relataram gastos de emergência com enlatados e afirmaram que o susto reforçou a necessidade do kit.

Volta da energia

A energia começou a ser restabelecida de forma gradual em Portugal e Espanha. Em Madri, lojas e metrô voltaram a funcionar parcialmente. Em Portugal, a operadora REN informou que 750 mil clientes tiveram o serviço normalizado. Parte do fornecimento veio de fontes nacionais e parte da França. As autoridades alertaram que a recuperação total seria lenta e pediram paciência à população.

Fonte: Com informações de BBC News.

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